Hoje tivemos um evento internacional (Cúpula do Clima) e um nacional (tentativa da votação do PL 5829/19). Ambos correlacionados pela necessidade de lidar com mudanças na forma como olhamos os fatos. O aumento da temperatura do globo, se devido a fatores antrópicos e/ou naturais, é uma realidade com consequências. O Brasil, país de matriz elétrica renovável, está ameaçado pela alteração no comportamento das precipitações com a consequente queda da garantia física das hidrelétricas. A PL 5829 acaba trazendo uma certa estabilidade para o pequeno produtor de energia tão essencial neste momento de possível racionamento. Enquanto isso o nosso regulador, ao invés de pedalar a tarifa, deveria já iniciar a construção junto aos agentes de uma nova regulação para lidar com a ruptura energética.
José Wanderley Marangon Lima